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Carlos Ortiz aponta tendências macroeconômicas que impactarão no agro

Especialista aponta oportunidades diante das incertezas do mercado e enfatiza importância da disciplina e do planejamento

👉🏻 Embora o cenário macroeconômico nacional e internacional de curto e médio prazos apresente desafios ao produtor rural – que vão da manutenção de taxas elevadas de juros, inflação, volatilidade dos preços das commodities e o achatamento das margens, que devem girar na casa de 16% a 18% entre 2023 e 2024 – há oportunidades para o gestor que tenha disciplina e planejamento.

Em linhas gerais, esse foi o recado do especialista em financiamentos, gestão de risco e estratégias do agronegócio, Carlos Ortiz, durante webinar promovida pelo Grupo Agros na manhã de quarta-feira, 22 de março.

Direto dos Estados Unidos, onde reside desde 2017, Ortiz apresentou uma ampla leitura de cenários e tendências, chamando a atenção para elementos como a desglobalização (motivada pela interrupção de cadeias, verificada na pandemia), transição energética e as mudanças climáticas, com as consequentes frustações de safras (que devem aumentar).

Ao chamar a atenção para os ciclos, sustentando que o produtor deve coordenar suas ações conforme cada etapa – construindo mecanismos para lidar com os diferentes momentos – o especialista compartilhou uma série de orientações, enfatizando a importância do monitoramento de indicadores de equilíbrio financeiro.

🎯 Confira algumas dicas de Carlos Ortiz:

  • Casar as moedas de entradas e saídas para limitar o impacto da volatilidade (hedgeando os descasamentos);
  • Fixações devem vir de mãos dadas com as compras de insumos;
  • Acumular liquidez (mínimo de 1,3 vezes o valor dos passivos de curto prazo) para aproveitar oportunidades;
  • Planos de investimentos devem ser estabelecidos com disciplina e responsabilidade, atentando para reposição, melhorias e expansão;
  • Transitar do foco em imobilizado para geração de caixa (alterando a sensação de segurança baseada em terras para gestão ativa de risco).

Ele ainda destacou que o índice de cobertura de serviço da dívida deve ser superior a 30%, enquanto que a alavancagem operacional (a dívida dividida pelo resultado operacional) precisar ser inferior a três vezes.

🙌🏻 O evento reuniu mais de 70 pessoas, entre clientes da Agro1 e da Agros, distribuídos em diferentes estados do Brasil, além de colaboradores do Grupo Agros.

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