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Com casa cheia, Agros XXI promove troca de informações para gerar conhecimento e resultados

Evento foi realizado pela primeira vez em Santa Maria, na região Central do RS

Mais de 130 clientes e parceiros do Grupo Agros participaram nesta quarta-feira, 11, da 21a edição do Agros XXI. Realizado pela primeira vez no município de Santa Maria, na região central do RS, o evento reuniu referências do agronegócio com o propósito de promover a troca informações com foco na geração de conhecimento e resultados.

Ponto de corte

Na abertura, um dos sócios fundadores da Agros, o engenheiro agronômo Gilnei Molossi, agradeceu a presença de todos, lembrando que o encontro iniciado em 1998 marcou uma das maiores transformações do Grupo Agros. ‘Depois de termos aperfeiçoado um modelo de assistência técnica durante uma década, e conquistado uma carteira de clientes regional sólida, decidimos estabelecer um ponto de corte no modelo de serviços prestados, entendendo que a assistência técnica pura, sem um suporte de gestão financeira, de processos e pessoas poderia limitar, e até mesmo pôr fim, aos negócios de nossos clientes’, lembrou Gilnei para em seguida completar: ‘Foi neste contexto que nasceu o Projeto Agros XXI, numa alusão à entrada no novo século. A missão era desafiar nossos clientes a implementar processos de gestão em suas fazendas, especialmente os financeiros, procurando identificar e trocar informações individuais sobre custos, receitas e margens para ampliar o conhecimento e provocar desenvolvimento coletivo’, explica.

Em sua manifestação, a gerente da AGRO1, Leila Beledeli, destacou a importância do evento destacando a importância da interação com foco nos resultados. ‘Queremos, ao aprofundar nossas relações, garantir a perenidade dos seus e dos nossos negócios’, pontuou Leila que, de forma breve, além de apresentar a programação do encontro, também mostrou ao público a presença nacional do Grupo Agros, a partir dos serviços de assessoria e consultoria, com atuação nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste; e da AGRO1, que leva soluções tecnológicas aos maiores estados produtores de grãos do país, com notada expansão nas regiões Centro-Oeste e Sudeste.

Por que precisamos produzir mais?

O primeiro painel da tarde foi apresentado pelo gerente da Assessoria do Grupo Agros, engenheiro agrônomo Carlos Fiorin, que trouxe dados sobre a produção de trigo, milho e soja nas 21 últimas safras atendidas pela Agros no RS, considerando um conjunto de 56 propriedades com mais de 50 mil hectares de área total.

Além de revelar a produtividade média da safra de soja 2018/19 dos clientes Agros – que ficou em 64 sacos/hectare (3a melhor da série histórica) -, Fiorin também chamou a atenção para o aumento contínuo tanto dos custos fixos quanto variáveis (demandando mais investimentos para a obtenção de resultados semelhantes); o crescimento das famílias; o volume de investimentos na operação (compra de máquinas, por exemplo) e a elevação de consumo (como a aquisição de um automóvel, que em 2000 era adquirido pelo valor equivalente a 779 sacos de soja, e hoje custa 1.700 sacos).

Para fazer frente a esta realidade, o especialista recomendou o fortalecimento de conceitos de gestão profissional, sem perder de vista a necessidade do equilíbrio entre receitas e despesas.

Melhoramento de cultivares de soja

Coube ao melhorista de Soja da Bayer-Sul/BR, Antonio Sergio Ferreira Filho, apresentar o que vem pela frente em relação à questão da genética e o melhoramento de cultivares de soja – com destaque à utilização das informações (big data) que devem trabalhar a favor da rentabilidade do produtor, considerando elementos como produtividade, resistência às doenças e maior tolerância a fatores climáticos. O especialista também trouxe números referentes ao aumento da produtividade do país entre 1978, quando a média nacional era de 20 sacos de soja por hectares, contra os atuais 55 – representando acréscimo, médio, de um saco por ano.

Nutrição de plantas

O Doutor Fernando Warpechowski, PhD em nutrição vegetal, deu uma verdadeira aula sobre nutrição de plantas, apresentando novas ferramentas de fisiologia para produzir mais. Durante seu painel, o especialista trouxe informações que fazem a diferença no resultado da safra, destacando, entre outros, a importância da análise foliar e do controle do solo, com foco no equilíbrio entre os macro e micro nutrientes necessários à completa formação da planta.

Manejo de doenças no cultivo de soja

Os principais gargalos a serem superados no manejo de doenças no cultivo de soja foram abordados pelo agronômo e professor Carlos Alberto Forcelini, Doutor em Fitopatologia pela University of Florida/EUA. Em sua explanação, Forcelini apresentou ameaças e alternativas, na seguinte ordem:

– Ameaça: Aumento de resistência aos fungicidas x Alternativas: Uso de reforços nas aplicações e programas de aplicações mais robustos;

– Ameaça: Aumento do custo de produção (+ reforços, + aplicações, efeito China, fungicidas mais caros, e descontinuidade de produtos) x Alternativas: Manejo mais eficiente para maximizar produtividade; cuidado na escolha dos fungicidas; observação ao ciclo das variedades e da época das semeaduras (respeitando o clima); vazio sanitário (em discussão pelas autoridades); resistência genética (que ainda deixa a desejar); e tecnologia de aplicação.

A visão do produtor

As perspectivas e desafios sob o ponto de vista do produtor foi o tema da palestra do engenheiro agrônomo e presidente da Fundação MS, Luciano Muzzi Mendes, que tem sua propriedade (Fazenda Fortaleza) em Maracaju, no Mato Grosso do Sul.

Apresentando dados da safra de soja no MS, num universo de 20 produtores nos últimos cinco anos, Luciano – que é cliente Agros – teceu considerações levando em conta custos, produtividade e margem operacional, destacando, entre outros, a importância do corte de custos, cuidados com o stand de plantas, fitotecnia, fertilidade do solo/adubação e a necessidade de identificar o melhor momento de venda da produção (preço), a partir de indicadores confiáveis.

Alternativas para a alta produtividade

As discussões foram encerradas com um painel composto pelos painelistas do dia, que responderam a questionamentos da plateia sob a perspectiva da construção de ‘Alternativas para a alta produtividade’. A atividade foi mediada pela consultora na Agros e engenheira agrônoma, Silmara Baruffi.

Ao final, o Grupo Agros ofereceu jantar a seus clientes e parceiros.

Agros XXI em frases

‘A presença de nossos principais clientes e parceiros comprova que aquilo que idealizamos há 33 anos, quando iniciamos a Agros, estava certo’.

‘Produtividade sozinha não é, e nunca foi, sinônimo de lucratividade’.

‘O Agros XXI, ao passo em que coroa o trabalho da safra anterior, também visa projetar a safra futura’.

Sócio fundador da Agros, engenheiro agrônomo, Gilnei Molossi.

‘Acreditamos que a visão macro do Grupo Agros, com o foco 100% voltado ao agronegócio, fazendo uso de validações internas e muito investimento no conhecimento, treinamento e espírito colaborativo das equipes, representa importante diferencial diante do mercado’. Gerente da AGRO1, Leila Beledeli.

‘Não há limite de produtividade para a genética’.

Melhorista de Soja da Bayer-Sul/BR, Antonio Sergio Ferreira Filho

‘Para a nutrição da planta, nem sempre mais é melhor. É preciso equilíbrio’.

‘A terra é uma mãe, trate ela bem e ela vai te gratificar; agora, se você tratá-la mal, a conta também vai chegar’.

‘O Boro deve estar esperando a planta, nunca a planta esperando o Boro’.
PhD em nutrição vegetal, Fernando Warpechowski.

‘Muitas das doenças que incomodam no fim não foram bem tratadas no começo’.

‘Precisamos ser cada vez mais eficientes, considerando que temos a pior situação de doenças do Brasil’.

Professor Carlos Alberto Forcelini.

‘Insanidade é fazer as coisas do mesmo jeito e buscar resultados diferentes’.

‘Sem informação vamos ficar no estágio em que estamos. O Grupo de Análise Comparativa da Agros é fundamental nesse sentido’.

‘O custo da lavoura é como unha, temos que estar cortando sempre’.

Engenheiro agrônomo e presidente da Fundação MS, Luciano Muzzi Mendes, produtor rural de Maracaju/MS.

‘A Agros quer ajudar o produtor a chegar aos R$ 4 mil de margem. É por isso que estamos ao lado de nossos clientes no negócio’.

Engenheira agrônomo e consultora, Silmara Baruffi.

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