Danos de Lagartas nos períodos iniciais da cultura da soja
Integração de técnicas deve garantir o sucesso no combate, indica especialista do Grupo Agros
O bom estabelecimento da cultura da soja é um fator determinante para atingir alto potencial produtivo. No entanto, com o início do plantio, já se percebe o surgimento de elevada quantidade de lagartas capazes de causar sérios danos às lavouras. Conforme o engenheiro agrônomo Luís Fernando Chaves, da área de validação de tecnologias do Grupo Agros, entre as espécies encontradas estão a Spodoptera frugiperda (Lagarta-do-cartucho ou Lagarta militar) e Agrotis ípsilon (Lagarta-rosca) – capazes de causar severos estragos já nos primeiros estádios de desenvolvimento da cultura.
‘As espécies encontradas possuem a capacidade de sobreviver no solo e manter-se ativas em períodos de inverno, se alimentando de plantas de cobertura ou de trigo quando cultivado’, explica Luís Fernando. Segundo o especialista, quando as lagartas já estão presentes na lavoura, o ataque pode ocorrer nos primeiros momentos de desenvolvimento da cultura causando, principalmente, o corte de plântulas e, por consequência, redução do estande da cultura.
‘A redução dos problemas com essas pragas exige a integração de algumas técnicas de manejo a fim de obter um bom controle das lagartas, com segurança à lavoura, ao ambiente e ao produtor’, pontua.
Manejos possíveis
Entre os manejos que previnem o problema de ataque de lagartas, estão:
– Utilização de plantas de cobertura que não sejam preferência alimentar das lagartas;
– Dessecação antecipada da cobertura de solo que antecede a cultura da soja, auxiliando no controle do crescimento populacional das lagartas devido ao cessamento da fonte de alimento a praga;
– Outro manejo que traz benefício na presença considerável de lagartas identificadas por um bom monitoramento (aqui o uso da ferramenta Aqila pode ser decisivo), é o uso de inseticidas junto a dessecação pré-semeadura, reduzindo a população das lagartas antes da implantação da cultura.
Integração de técnicas
Conforme Luís Fernando, o uso de inseticidas no tratamento de sementes também é uma alternativa que auxilia no controle das pragas. Quanto ao uso defensivos, o engenheiro agrônomo observa que deve-se ter atenção para a utilização de produtos que tenham boa eficiência de controle, estádio de desenvolvimento da praga e também ao clima e horário no momento da aplicação.
Em resumo, orienta o especialista, o sucesso no controle de pragas deve ser refletido pela integração de várias técnicas eficientes de manejo.